Em resumo:
O Dia Internacional da Língua de Sinais reforça a inclusão das pessoas surdas e a valorização da Libras como ferramenta de comunicação e cidadania;
Aprender Libras vai além de alunos surdos, ensinando empatia, respeito à diversidade e habilidades cognitivas e sociais para todas as crianças;
Pais e responsáveis têm um papel ativo na inclusão, ensinando pelo exemplo, incentivando o contato com a Libras e fortalecendo o vínculo escola-família.
Você sabia que no dia 23 de setembro é celebrado o Dia Internacional da Língua de Sinais? A data reforça a importância de incluir as pessoas surdas na sociedade e valorizar sua língua.
A comunicação é o que nos conecta ao mundo e, para milhões de pessoas surdas, essa ponte acontece por meio da língua de sinais. Por isso, o dia 23 de setembro nos lembra que aprender e valorizar Libras é um passo essencial para construir uma sociedade mais justa e acessível.
No universo das políticas públicas e da educação, existem diversos projetos de lei e debates recentes sobre tornar o ensino da Libras obrigatório na educação básica. No entanto, para além da política, a família tem um papel fundamental nesse processo, com a missão de ensinar às crianças o valor do respeito e da inclusão.
Neste artigo, vamos conversar sobre o Dia Internacional da Língua de Sinais e mostrar por que a inclusão começa desde cedo — em casa, na escola e nas pequenas atitudes do dia a dia.
Confira os tópicos que vamos abordar:
O que é o Dia Internacional da Língua de Sinais?
Qual a importância do ensino de Libras na educação?
Por que aprender Libras é importante para todas as crianças?
Qual o papel das famílias na conscientização sobre Libras e inclusão?
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O que é o Dia Internacional da Língua de Sinais?
O Dia Internacional da Língua de Sinais é celebrado em 23 de setembro e foi instituído pela Assembleia Geral da ONU em 2018. A data faz referência à criação da Federação Mundial dos Surdos, em 1951, um marco histórico na luta pelos direitos e pela valorização da comunidade surda.
Quantas línguas de sinais há no mundo?
Hoje, existem mais de 300 variantes de línguas de sinais ao redor do planeta. Elas são a principal forma de comunicação de milhões de pessoas surdas, mas que ainda sofrem com a falta de reconhecimento e de acesso em muitos países.
A escolha de uma data internacional reforça a necessidade de divulgar e fortalecer essas línguas, garantindo mais inclusão e acessibilidade para a população surda.
Qual a trajetória da Libras no Brasil?
No Brasil, a Língua Brasileira de Sinais (Libras) começou a ser estruturada no século XIX, com a criação do Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), no Rio de Janeiro.
Desde 2002, a Libras é reconhecida oficialmente como língua e possui gramática e estrutura próprias, baseadas em gestos, expressões faciais e corporais. Apesar dos avanços, o acesso à Libras ainda não chega a toda a população surda do país.
Quantas pessoas surdas existem?
Os números ajudam a entender o tamanho do desafio:
No mundo, segundo a OMS, cerca de 1,5 bilhão de pessoas têm algum grau de perda auditiva;
No Brasil, de acordo com o Censo 2022 do IBGE, há mais de 10 milhões de pessoas com algum grau de perda auditiva, sendo 2,3 milhões com surdez severa ou total.
Apesar desses dados expressivos, apenas uma pequena parcela da população surda utiliza a língua de sinais. Muitos ainda não têm acesso a esse recurso fundamental, seja por barreiras sociais, falta de políticas públicas ou ausência de oportunidades de aprendizagem.
Qual a importância do ensino de Libras na educação?
Sabemos que o ensino da Libras na educação básica é fundamental para trazer inclusão, acessibilidade e cidadania desde os primeiros anos escolares.
Além de todas as políticas públicas já existentes nesse sentido, recentemente, o tema ganhou atenção no país com uma audiência pública promovida pelo MEC, que discutiu a importância de tornar o ensino de Libras obrigatório a todos os estudantes, ouvintes ou surdos, em todas as etapas da educação básica.
Projetos de lei em debate
Atualmente, alguns projetos de lei tramitam no Congresso Nacional, com o objetivo de tornar o ensino de Libras obrigatório nas escolas públicas e privadas.
Entre eles, destaca-se o PL 2062/2025, do senador Jaime Bagattoli, que propõe a oferta da língua de sinais desde a Educação Infantil ou no primeiro ano do Ensino Fundamental.
"A proposta é que o ensino de Libras seja oferecido tanto para as escolas públicas quanto privadas, começando desde a educação infantil ou no primeiro ano de ensino fundamental”, comentou o senador.
Qual o impacto para escolas, professores e alunos?
Se aprovada, a medida terá efeito direto em escolas, professores e alunos:
Escolas: precisarão adaptar currículos, materiais e horários para incluir Libras;
Professores: deverão receber formação específica para ensinar a língua de sinais, fortalecendo a educação bilíngue;
Alunos: terão maior contato com a Libras, desenvolvendo empatia, respeito às diferenças e habilidades de comunicação.
Como as famílias podem contribuir?
Para que o ensino de Libras na educação básica cumpra seu papel de inclusão, é fundamental que haja uma parceria ativa entre famílias e escolas.
Quando pais e responsáveis se envolvem, participam das atividades e apoiam o aprendizado, eles ajudam a fortalecer o vínculo escola-família, criando um ambiente de confiança e incentivo.
Por que aprender Libras é importante para todas as crianças?
Aprender Libras não é só importante para as crianças surdas. Quando as crianças ouvintes também têm contato com a língua de sinais, elas descobrem um novo jeito de se comunicar, respeitar diferenças e se conectar com o mundo.
Veja alguns dos benefícios de incluir o ensino da Libras para toda a educação básica:
Cérebro em ação: aprender uma nova linguagem visual ajuda as crianças a treinar a memória, a atenção e a interpretação, de um jeito divertido e diferente;
Aprendendo a se colocar no lugar do outro: a Libras ensina a ter empatia, a compreender que cada pessoa tem sua própria forma de se comunicar;
Conexão com novas culturas: conhecer a língua de sinais também abre portas para a cultura surda, permitindo que a criança interaja de maneira mais inclusiva com amigos e colegas.
Em vários lugares do mundo, aprender língua de sinais já faz parte da educação desde cedo. Crianças que têm contato com Libras ou outras línguas de sinais crescem mais conscientes da diversidade e acostumadas a incluir, respeitar e valorizar as diferenças.
O que isso significa para as famílias?
Para as famílias, o ensino obrigatório de Libras representa mais inclusão e oportunidades para todas as crianças.
Ao aprender a língua de sinais desde cedo, os pequenos aprendem a se comunicar com colegas surdos, conhecem uma nova cultura e desenvolvem consciência sobre acessibilidade e diversidade, reduzindo barreiras sociais e contribuindo para um ambiente escolar mais acolhedor.
Qual o papel das famílias na conscientização sobre Libras e inclusão?
Os pais têm um papel enorme nesse aprendizado! Conversar, brincar e praticar Libras em casa é uma forma simples de ensinar respeito e solidariedade. Cada gesto, cada palavra sinalizada, ajuda a criança a perceber que a inclusão começa no dia a dia — e que pequenos passos podem fazer uma grande diferença.
Veja como as famílias podem participar dessa construção:
Dica prática: comece com sinais do dia a dia, como “bom dia”, “obrigado” e “família”, e vá aumentando gradualmente o vocabulário. Pequenos gestos diários ajudam a construir hábitos inclusivos.
Como vimos, o Dia Internacional da Língua de Sinais é um convite para lembrar que a inclusão começa pela comunicação — e que aprender e valorizar a língua de sinais desde cedo, a começar em casa, é essencial para tornar a sociedade mais justa e acessível.
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